O mundo é muito grande, a imaginação não tem limites. Logo, como todo viajante, você deve passar um bom tempo escolhendo o seu próximo destino. Nós do Cruzando Fronteiras temos uma sugestão! Veja a seguir 5 motivos para viajar para a China.

1º – A civilização chinesa é a mais antiga do mundo.

Os primeiros registros escritos da história da China foram produzidos por volta de 1250 a. C. Antes disso, porém, vários pequenos estados já coexistiam ao longo do vale do rio Amarelo, no nordeste do país. Com mais de 3000 anos de existência contínua, a civilização chinesa, não à toa, é considerada a mais antiga do mundo. Tal antiguidade, por sua vez, é facilmente percebida em sua cultura e em suas principais atrações turísticas.

O famoso Exército de Terracota, por exemplo, arte funerária cuja finalidade era proteger o governante chinês em sua vida após a morte, data de 210-209 a. C. Além disso, trechos da Muralha da China foram construídos no século II a. C., apesar de sua maior parte ter sido erguida durante a dinastia Ming, entre os anos de 1368 e 1644 a. C. A propósito, a Cidade Proibida também foi criada por essa mesma dinastia, que é reconhecida mundialmente por ter estabelecido um dos maiores períodos de organização governamental e estabilidade social na história da humanidade.

Convém ressaltar ainda que as três atrações acima, declaradas Patrimônio Cultural pela Unesco, já valem por si só a viagem!

2º – A culinária chinesa é rica e diversificada (além de muito gostosa!).

Com mais de 5000 pratos e 20 estilos diferentes, a culinária chinesa reflete a história milenar do país – além de seu extenso território e suas diferentes etnias. Trata-se, de fato, de uma cozinha muito complexa e variada. Um paraíso para aqueles que, como eu, ao viajar, gostam de experimentar comidas diferentes (ou, como são popularmente conhecidas, comidas exóticas).

Na China, mesmo que você, durante toda a sua viagem, não repita nenhum prato, provavelmente não será capaz de experimentar tudo o que a sua culinária tem a oferece. E, na verdade, dificilmente você será capaz de resistir à tentação de comer um outro baozi – pão delicado de massa fermentada assado no vapor.

Eu não vou mentir. Eu fui para China por causa de sua história milenar do país, mas, antes mesmo de chegar na metade da viagem, eu só pensava na próxima refeição.

3º – A China recebe poucos turistas ocidentais (e você vai se sentir um verdadeiro viajante).

Apenas no final dos anos 70, o governo da China começou a permitir a entrada de turistas estrangeiro no país. Esse fato, somado às controvérsias relacionadas à sua organização política e econômica, faz com que o país ainda receba poucos turistas ocidentais.

No ano de 2018, por exemplo, 62 milhões de turistas estrangeiros passaram pelo menos uma noite na China. No entanto, aproximadamente 39 milhões deles vieram de Hong Kong, de Macau e de Taiwan. Dentre a quantidade restante, 76,3% eram originários de países asiáticos próximos, como o Vietnã, a Tailândia e o Japão. E a verdade é que a maioria dos pouco mais de 5 milhões que sobraram estão lá por razões de trabalho e raramente se aventuram além das cidades de Pequim e Shangai.

É claro que, quando estiver visitando alguma das principais atrações do país, especialmente aquelas localizadas nessas grandes cidades, como a Muralha da China e o Bund, você irá esbarrar em muitos turistas ocidentais (especialmente europeus e norte-americanos). No entanto, quando você estiver passeando pela cidade ou comendo em um restaurante ou indo de uma região a outra de trem, em situações como essas é provável que você seja o único ocidental no local.

Isso significa que você deverá estar preparado para chamar atenção, especialmente nas cidades pequenas. Mas fique à vontade para recusar uma foto, caso não se sinta confortável!

4º – Há muitos trens de alta velocidade na China (e você poderá escolher com mais liberdade o seu destino).

A China tem a rede ferroviárias de alta velocidade mais longa do mundo, que é também a mais amplamente utilizada. Até o início de 2019, por exemplo, ela já havia se estendido a 30 das 33 divisões administrativas do país e transportado mais de 10 bilhões de passageiros. Em 2019, por sua vez, um trem protótipo, de levitação magnética, que opera a 600 km/h, começou a ser testado. O mais incrível é que todos esses avanços ocorreram em menos de 15 anos, uma vez que a implementação desse tipo de trem começou apenas em 2007.

O advento do trem de alta velocidade na China – que, ainda por cima, é confortável, seguro e pontual – reduziu bastante o tempo de viagem. Antigamente, se você quisesse ir de Pequim à Chengdu, na província de Sichuan, para visitar a Base de Pesquisa e Reprodução do Panda Gigante, por exemplo, a viagem de trem duraria de 21 a 32 horas. Hoje, a mesma viagem tem uma duração máxima de 8 horas. O tempo de transporte entre Shanghai e Hong Kong também diminui bastante (de 19 para 8 horas). Logo, quando você for viajar para a China, a distância não será mais um grande problema e você provavelmente terá a oportunidade de visitar as suas cidades preferidas!

5º – A China está passando por uma imensa transformação (e agora é o momento ideal para visitar o país).

O mundo está entrando em colapso. Crises financeiras, altas taxas de desemprego, polarizações políticas, insurreições, terrorismos, guerras. A China, no entanto, está crescendo. Em menos de 4 décadas, passou de um país pobre e rural para uma potência mundial. A chamada “Reforma e Abertura” conseguiu tirar 740 milhões de pessoas da pobreza. E esse milagre econômico, único da história, não tem prazo para acabar.

O dragão adormecido acordou e está mais ativo do que nunca. Consequentemente, o mundo só fala disso. No entanto, somente viajando para lá, você poderá ver com os seus próprios olhos essas transformações e tirar as suas próprias conclusões. Eu acredito que você irá se surpreender!

Está pensando em viajar para a China? Veja aqui o nosso post que explica como tirar o visto de turismo!